QUANTO MAIS CAI, MELHOR!

Eis, pela primeira vez, uma companhia do setor de minerais não energéticos, da indústria do aço, a aparecer no radar de empresas que passam pelos critérios de avaliação de valor (valuation value) e que podem ser consideradas investimento de longo prazo.

Inicialmente, vamos observar o comportamento da cotação de CMIN3 no gráfico semanal e diário.

No gráfico semanal, podemos perceber que o preço do ativo se encontra em um canal de baixa, na qual tem “respeitado” a LTB (Linha de Tendência de Baixa) traçada por meio de suas máximas (linha branca do gráfico).

O movimento do preço de outubro de 2021 a fevereiro de 2022 se encaixa no padrão gráfico “Cunha Ascendente de Baixa”, em continuação da tendência de baixa. Este padrão tem como projeção o preço-alvo R$ 2,77. Como o preço por diversas vezes, logo em seguida a este padrão, “respeitou” a LTB, é de se acreditar que aconteça o alcance deste preço-alvo.

No entanto, no gráfico diário, podemos perceber um padrão de reversão: o “Fundo Duplo”.

快照

O desenho gráfico “Fundo Duplo”, teve a sua linha de resistência (ponto de entrada) rompida no dia 05/08/2022, confirmando a reversão de tendência de alta, mas sua projeção ao preço-alvo em R$ 4,08, faz acreditar que seja apenas um pullback, ou seja, um repique de alta em uma tendência de baixa prolongada.

Todo este movimento no gráfico diário se confirma pela MMA-9 (Média Móvel Aritmética dos últimos nove períodos) e pelo IFR (Índice de Força Relativa) em franca expansão altista, indo em direção à região de sobrecompra. E a MMA-200 (Média Móvel Aritmética dos últimos duzentos períodos) confirma a tendência de baixa identificada pelo canal de baixa no gráfico semanal.

Apenas para efeito de observação e registro (isso, porque o padrão ainda está em formação) o padrão gráfico “Cup and Handle” já começa a tomar forma. Entretanto, para que haja a sua confirmação a tendência de alta confirmada pelo desenho gráfico “Fundo Duplo” precisa continuar a ponto de alcançar seu preço-alvo e ter força para romper a LTB identificada no gráfico semanal, e ir em direção à resistência de R$ 5,11. Mas, é apenas conjecturas e acredito que haverá forte tendência baixista na região da LTB, justificada principalmente pelo que o IFR tem nos mostrado no gráfico diário.

Outro ponto importante de CMIN3 é quanto aos indicadores de valuation, na qual é preciso passar por critérios rigorosos de avaliação. Para isso a companhia precisa estar sendo negociada 50% abaixo de sua máxima histórica e 50% abaixo de seu valor intrínseco, bem como, com indicadores favoráveis, condição financeira suficientemente forte, estabilidade de lucros e possuir histórico de dividendos.

O preço atualmente cotado está barato, frente à sua máxima histórica (R$ 9,68) e ao seu valor intrínseco de R$ 7,26 (LPA = 0,87; e VPA = 2,69). Da mesma forma que seu P/VP é de 1,30 (abaixo de 1,50) e seu P/L é de 4,04 (abaixo de 15,00). A companhia possui uma condição financeira suficientemente forte (ativo circulante maior que seu passivo circulante e seu patrimônio líquido é maior que seu passivo não circulante) e, também, estabilidade em seus lucros, gerando lucro líquido de modo regular nos últimos dez anos. E, por fim, a companhia tem pagado dividendos consistentes nos últimos anos (lembrando que ela começou a ser negociada na bolsa em 2021 e pagou dividendos nesses dois anos).

Dessa forma, podemos considerar CMIN3 como um ativo de investimento para o longo prazo, nos preços cotados abaixo de seu valor intrínseco. Ou seja, quanto mais baixo os preços cotados em função da tendência de baixa, melhor.

Lembrando que esta análise não é indicação de compra, muito menos sugere indicação de investimento. Ela apenas reflete o resultado de um estudo crítico da bolsa de valores frente aos princípios aprendidos até aqui e interpretação de critérios de avaliação de companhias listadas em bolsa.
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