Guerra trouxe (por enquanto) volatilidade e não tendência
Estudo Semanal do Índice Bovespa
#ibovespa #b3 #análisesemanal #análisegráfica #análisefundamentalista #ações #bolsadevalores
O Ibovespa fechou a semana em alta de 0,23%, a 113.141,94 pontos.
A alta desta última semana do mês de fevereiro, mostra interessante padrão gráfico, chamado “Martelo”. O padrão “Martelo” é uma figura formada por um único candle e deve aparecer necessariamente em suporte. E a sua presença no gráfico indica tendência de alta.
A configuração deste padrão é em função da diferença de tamanho da sombra inferior e o seu corpo, ou seja, a sombra inferior deve ter, no mínimo, duas vezes o tamanho do corpo para ser um “Martelo”. E para sabermos se há essa diferença pegaremos o valor da abertura semanal e diminuiremos com o valor da mínima, para descobrirmos o tamanho da sombra; depois, pegaremos o valor de fechamento e diminuiremos com o valor de abertura, para descobrirmos o tamanho do corpo. Assim, saberemos se a sombra tem o dobro do corpo, para classificarmos como sendo o padrão “Martelo”.
Sombra = (Abertura) – (Mínima)
Sombra = (112.880,28) – (109.125,24)
Sombra = 3.755,04 Corpo = (Fechamento) – (Abertura)
Corpo = (113.141,94) – (112.880,28)
Corpo = 261,66
Veja, portanto, que o tamanho da sombra tem mais que o dobro do tamanho do corpo, perfazendo dessa forma a configuração do padrão gráfico estudado.
Há, ainda, a necessidade de que tal padrão tem de estar em uma zona de suporte significativo. Como já sabemos, para o curto-médio prazo, o movimento é de alta, conforme foi observado o Padrão “Fundo Duplo”, na qual houve o rompimento da linha de resistência dos 109.492,91 pontos, em que agora é usado como suporte pelo Padrão “Martelo”, indicando que o movimento ainda é, pois, de alta.
No entanto, devemos ser cautelosos com esta análise de alta para o Índice Bovespa no curto-médio prazo, porque, o que vimos esta semana foi movimento de forte volatilidade e não uma tendência propriamente dita.
Temos que nos lembrar que o candle da semana anterior – padrão “Estrela Cadente” – nos indicou reversão de baixa e a máxima desta última semana (113.721,38 pontos) não é maior do que as máximas das últimas duas semanas anteriores. E mais: o fechamento do gráfico mensal, para o mês de fevereiro, nos apresenta um padrão gráfico chamado “Estrela da Noite”.
Neste padrão gráfico, o primeiro candle está a favor da tendência de alta e tem uma força relativamente alta (um corpo grande) como se observa no candle do mês de janeiro. Já o segundo candle, a do mês de fevereiro em questão, tem um corpo bem menor do que o candle anterior, indicando assim a perda de força de alta.
Isto significa que, para o curto-médio prazo é perfeitamente possível que o Índice chegue aos 118.258,87 pontos, cumprindo com a projeção que o padrão “Fundo Duplo” nos trouxe. No entanto, também há indicações no gráfico que esta tendência de alta terminou, ou ao menos perdeu grande parte de sua força, respeitando a análise de que, no médio-longo prazo, a tendência é de baixa e que pode levar o Índice aos 89.314,77 pontos.
Outro fator que nos leva a crer que o movimento é predominantemente de baixa, são as notícias que cercaram os mercados de renda variável como um todo.
No âmbito político-internacional temos a Rússia que, então, invadiu a Ucrânia com seu poderio militar e que causou reações de todos os principais países do mundo. Estas reações ainda estão sendo calculadas em âmbito econômico, motivo pelo qual gerou tanta volatilidade nesta última semana, não indicando uma tendência clara no gráfico (o padrão gráfico “Martelo” se formou justamente em função dessa volatilidade); como consequência, este conflito no leste europeu tem potencial de influenciar e muito as bolsas globais ao longo de 2022, não sendo um evento isolado, ou seja, ele pode se reverberar em muitos setores da economia global, influindo, inclusive, diretamente no Brasil a longo prazo.
Vale lembrar, também, que finalmente adentramos ao mês de março na qual o Banco Central norte-americano (Federal Reserve) já tenderá a aumentar a taxa de juros após reunião de política monetária, na tentativa de frear a inflação em alta. Os principais Índices das bolsas dos Estados Unidos, já demonstram estar em tendência de baixa, por causa disso.
Ademais, no Brasil, o IPCA-15 (prévia da inflação oficial) foi divulgado nesta última semana, demonstrando um aumento de 0,99% em fevereiro, indicando que a inflação segue em alta. A política de combate à inflação por meio do aumento da taxa Selic, pelo Banco Central, parece não estar funcionando.
Portanto, a projeção de alta para o curto-médio prazo continua em risco diante da reversão da semana anterior e da volatilidade desta última semana, sendo possível que fique longe do alvo em 118.258,87 pontos (linha azul superior do gráfico), ou até mesmo que perca o posicionamento gráfico do “Fundo Duplo” que sustenta tal projeção. E a projeção de baixa para o médio-longo prazo continua, com o alvo em 89.314,77 pontos (linha azul inferior do gráfico), em concordância com as análises feitas nas semanas anteriores.
Veremos o que o mercado nos reserva na semana que vem!
#ibovespa #b3 #análisesemanal #análisegráfica #análisefundamentalista #ações #bolsadevalores
O Ibovespa fechou a semana em alta de 0,23%, a 113.141,94 pontos.
A alta desta última semana do mês de fevereiro, mostra interessante padrão gráfico, chamado “Martelo”. O padrão “Martelo” é uma figura formada por um único candle e deve aparecer necessariamente em suporte. E a sua presença no gráfico indica tendência de alta.
A configuração deste padrão é em função da diferença de tamanho da sombra inferior e o seu corpo, ou seja, a sombra inferior deve ter, no mínimo, duas vezes o tamanho do corpo para ser um “Martelo”. E para sabermos se há essa diferença pegaremos o valor da abertura semanal e diminuiremos com o valor da mínima, para descobrirmos o tamanho da sombra; depois, pegaremos o valor de fechamento e diminuiremos com o valor de abertura, para descobrirmos o tamanho do corpo. Assim, saberemos se a sombra tem o dobro do corpo, para classificarmos como sendo o padrão “Martelo”.
Sombra = (Abertura) – (Mínima)
Sombra = (112.880,28) – (109.125,24)
Sombra = 3.755,04 Corpo = (Fechamento) – (Abertura)
Corpo = (113.141,94) – (112.880,28)
Corpo = 261,66
Veja, portanto, que o tamanho da sombra tem mais que o dobro do tamanho do corpo, perfazendo dessa forma a configuração do padrão gráfico estudado.
Há, ainda, a necessidade de que tal padrão tem de estar em uma zona de suporte significativo. Como já sabemos, para o curto-médio prazo, o movimento é de alta, conforme foi observado o Padrão “Fundo Duplo”, na qual houve o rompimento da linha de resistência dos 109.492,91 pontos, em que agora é usado como suporte pelo Padrão “Martelo”, indicando que o movimento ainda é, pois, de alta.
No entanto, devemos ser cautelosos com esta análise de alta para o Índice Bovespa no curto-médio prazo, porque, o que vimos esta semana foi movimento de forte volatilidade e não uma tendência propriamente dita.
Temos que nos lembrar que o candle da semana anterior – padrão “Estrela Cadente” – nos indicou reversão de baixa e a máxima desta última semana (113.721,38 pontos) não é maior do que as máximas das últimas duas semanas anteriores. E mais: o fechamento do gráfico mensal, para o mês de fevereiro, nos apresenta um padrão gráfico chamado “Estrela da Noite”.
Neste padrão gráfico, o primeiro candle está a favor da tendência de alta e tem uma força relativamente alta (um corpo grande) como se observa no candle do mês de janeiro. Já o segundo candle, a do mês de fevereiro em questão, tem um corpo bem menor do que o candle anterior, indicando assim a perda de força de alta.
Isto significa que, para o curto-médio prazo é perfeitamente possível que o Índice chegue aos 118.258,87 pontos, cumprindo com a projeção que o padrão “Fundo Duplo” nos trouxe. No entanto, também há indicações no gráfico que esta tendência de alta terminou, ou ao menos perdeu grande parte de sua força, respeitando a análise de que, no médio-longo prazo, a tendência é de baixa e que pode levar o Índice aos 89.314,77 pontos.
Outro fator que nos leva a crer que o movimento é predominantemente de baixa, são as notícias que cercaram os mercados de renda variável como um todo.
No âmbito político-internacional temos a Rússia que, então, invadiu a Ucrânia com seu poderio militar e que causou reações de todos os principais países do mundo. Estas reações ainda estão sendo calculadas em âmbito econômico, motivo pelo qual gerou tanta volatilidade nesta última semana, não indicando uma tendência clara no gráfico (o padrão gráfico “Martelo” se formou justamente em função dessa volatilidade); como consequência, este conflito no leste europeu tem potencial de influenciar e muito as bolsas globais ao longo de 2022, não sendo um evento isolado, ou seja, ele pode se reverberar em muitos setores da economia global, influindo, inclusive, diretamente no Brasil a longo prazo.
Vale lembrar, também, que finalmente adentramos ao mês de março na qual o Banco Central norte-americano (Federal Reserve) já tenderá a aumentar a taxa de juros após reunião de política monetária, na tentativa de frear a inflação em alta. Os principais Índices das bolsas dos Estados Unidos, já demonstram estar em tendência de baixa, por causa disso.
Ademais, no Brasil, o IPCA-15 (prévia da inflação oficial) foi divulgado nesta última semana, demonstrando um aumento de 0,99% em fevereiro, indicando que a inflação segue em alta. A política de combate à inflação por meio do aumento da taxa Selic, pelo Banco Central, parece não estar funcionando.
Portanto, a projeção de alta para o curto-médio prazo continua em risco diante da reversão da semana anterior e da volatilidade desta última semana, sendo possível que fique longe do alvo em 118.258,87 pontos (linha azul superior do gráfico), ou até mesmo que perca o posicionamento gráfico do “Fundo Duplo” que sustenta tal projeção. E a projeção de baixa para o médio-longo prazo continua, com o alvo em 89.314,77 pontos (linha azul inferior do gráfico), em concordância com as análises feitas nas semanas anteriores.
Veremos o que o mercado nos reserva na semana que vem!
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